Após abrir em alta de 5%, ações da Agrogalaxy entram em leilão
Empresa protocolou o plano de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de Goiás
Por Gabriella Weiss
— São Paulo
03/12/2024 11h01 Atualizado há um dia
Após abrirem o pregão desta terça-feira (3/12) em alta de 5%, as ações da distribuidora de insumos Agrogalaxy entraram em leilão. A empresa, que está em recuperação judicial desde setembro, protocolou o plano no Tribunal de Justiça de Goiás ontem (2/12).
O plano
A empresa propõe no plano que os credores quirografários que se comprometerem a não litigar contra ela, votarem pela aprovação do plano e que continuarem fornecendo insumos a preços de mercado e com pagamento a prazo terão o valor de seus créditos preservados. O pagamento a eles terá carência de três anos, e prazo até 2034, com valores corrigidos pela inflação.
Já aos credores que não aceitarem alguma dessas condições, o Agrogalaxy propõe um corte de 85% dos créditos. Além disso, os 15% restantes só começarão a ser pagos em 2028, parcelados até 2040, com correção pela taxa de referência (TR) + 0,5% ao ano.
Com essa proposta, a companhia busca garantir a continuidade imediata de suas operações com a manutenção do fornecimento.
Essa estratégia também visa equacionar a principal parte de sua dívida, já que os créditos quirografários (que incluem fornecedores de insumos e credores financeiros) representam R$ 3,7 bilhões dos R$ 3,8 bilhões inscritos na lista de credores.
Para os credores que possuem o direito de receber o valor de grãos depositados junto à empresa, sejam produtores rurais que realizaram barter, sejam credores que têm a cessão fiduciária desses direitos, o Agrogalaxy pretende transformá-los em credores financeiros ou acionistas da companhia.
Para isso, a empresa propôs duas opções. Na primeira delas, emitirá debêntures em duas séries, sendo que a primeira será subscrita por 20% do saldo devedor, com valores que serão pagos entre 2028 e 2035, corrigidos pela inflação. A segunda série de debêntures acomodará os outros 80% desses créditos, e serão obrigatoriamente conversíveis em ações. Os atuais acionistas preservarão sua participação através da conversão de mútuos já realizados com a empresa.
Em uma segunda opção, todas essas dívidas são convertidas em apenas uma série de debêntures, a serem pagas entre 2028 e 2040, com valores corrigidos pela inflação.
“segundo apurado por leilão.news”