O leilão mais caro da história da arte: coleção de Paul Allen supera US$ 1,6 bilhão

Telas de Klimt, Cézanne, Gauguin, Seurat e Van Gogh foram vendidas por mais de US$ 100 milhões cada uma; valor arrecadado será doado

O leilão da coleção de arte do cofundador da Microsoft Paul Allen, morto em 2018, organizado pela Christie’s de Nova York na quarta-feira e quinta-feira, 9 e 10, alcançou a quantia recorde de US$ 1,62 bilhão, com cinco obras que superaram 100 milhões de dólares cada.

Em um sinal de que o mercado arte permanece aquecido, apesar das incertezas geopolíticas e econômicas, os cinco quadros foram vendidos na quarta-feira à noite durante o leilão no Rockefeller Center de Manhattan.

As obras que superaram a barreira de 100 milhões de de dólares são: Les Poseuses, Ensemble (petite version), do pintor Georges Seurat, vendida por US$ 149,2 milhões; Montagne Sainte-Victoire, de Paul Cézanne, por US$ 137,7 milhões; Verger avec cyprès, de Van Gogh, por US$ 117,1 milhões; Maternité II, de Paul Gauguin, por US$ 105,7 milhões; e Birch Forest, de Gustav Klimt, por US$ 104,5 milhões.

Apenas com as vendas de quarta-feira já havia sido estabelecido o recorde histórico para um leilão de arte, com mais de 1,5 bilhão de dólares. Na quinta-feira, a segunda parte do evento atingiu “apenas” US$ 116 milhões.

No total, durante os dois dias, a Christie’s anunciou vendas que superaram US$ 1,62 bilhão.

“A coleção de Paul G. Allen atraiu dezenas de milhares de visitantes às galerias de arte da Christie’s em todo o mundo e entrou para a história ao estabelecer um recorde como o leilão mais caro já realizado”, afirmou em um comunicado o diretor geral da casa de leições com sede em Nova York, Guillaume Cerutti.

No total, a coleção incluía “155 obras-primas que englobam 500 anos de história da arte (e) foram 100% vendidas”. Dos clientes de todo o mundo, “28% das obras por valor foram compradas na quarta-feira à noite por clientes asiáticos”, segundo a Christie’s.

A casa de leilões havia anunciado que o valor total das vendas seria destinado a causas beneficentes. Mesmo quando se desentendeu com Bill Gates, com quem criou a Microsoft em 1975, Paul Allen assinou em 2009 sua “promessa de doação”, na qual se comprometia a doar a maior parte de sua fortuna.

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